13 de novembro de 2010

Continente

“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra..." John Donne

Ontem veio-me à ideia esta frase magnífica com que o poeta John Donne descreve a Unidade. 

Percebi que literatura mundial está cheia de noções e definições sobre a importância do Ser Total que constitui a Humanidade que pensa, ama, ri, sofre e vibra em uníssono. 

Fez-me pensar... e olhar o mundo à procura da confirmação na prática deste conceito. O que vi foi separação, vaidade, julgamentos, comparações e egos a tentarem impor a outros as suas vontades.

Olhamos o outro e de imediato pensamos: "é mais baixo", "é mais gordo", "é mais fraco", "é mais burro", "está mal vestido". "é feio", "não gosto"... e por aí fora, deixando que a mente de imediato emita julgamentos sobre quem o outro é, estabelecendo como medida de comparação quem pensamos que somos. 

Esta atitude é a fronteira que impomos, a fronteira da dualidade, que estabelece dois campos distintos, Eu e o Outro. Não conseguimos definir sem comparar, mas de que serve definir? 

Não será suficiente aceitar a consciência de que somos todos a mesma energia que vibra e, em corpos físicos separados, age unindo esforços. Cada corpo com as suas características naturais, mais ou menos forte, mas todos válidos e fundamentais. Como o exemplo do exercito de formigas que, unidas, constrói um lugar enorme e perfeito para o bem comum.

Não será suficiente deixar esta consciência entrar no nosso ser, sentir bem fundo de nós. Como quando damos as mãos no Surya e fazemos a energia circular entre todos, com o sentimento perfeito de que aumenta e fica mais forte de cada vez que regressa às nossas mãos, depois de passar pelas outras. 

Somos todos a mesma energia, um só coração, sem ego dominante, apenas unidos pela força do Amor.

Paz e Harmonia para todos