20 de junho de 2010

Divagações III

Há dias em que me apetece mesmo escrever, nem sempre sei sobre o quê ou mesmo como, mas apetece-me mesmo e por isso sento-me em frente ao computador e debito o que me vem à mente.
Tenho essa vantagem, como não estou preocupado com o que vai sair, escrevo, depois leio, se gostar aprofundo o tema ou melhor nem lhe toco que é para não estragar. Assim levo eu avante as minhas ideias, de forma pouco construída, mas com a certeza que são minhas, genuínas; como as sinto, como as expresso.
Há outros dias em que gostaria mesmo de escrever e faço o mesmo, como não sei o que vai sair,  fico sentado em frente ao computador, à espera, à espera, à espera...
Hoje é um dia esquisito, apetece-me de facto escrever, tenho o tema na ponta dos dedos, mas não sei como começar. Estou num dilema entre o que deve ser e o que deveria ser, entre o que sinto e o como o sinto...
Mas vamos começar pelo princípio da história, para eu próprio entender o que me deixou desta forma; sem forma.
Sentei me empolgado em frente ao computador e deixei livre arbítrio à minha mente para comandar os meus dedos. As letras iam se alinhando criando palavras e frases, que tinham todo o sentido e toda a força do meu pensamento. De repente uma branca, daquelas que nos deixam em tal estado que parecia que já nem o alfabeto conhecia, já não sabia sequer se o meu nome era assim ou assado... Fiquei estupefacto, algo estava a bloquear a minha mente de tal forma que não conseguia alinhar letras, quantos mais palavras. Misturava números com letras, letras com números, que trapalhada. Voltei atrás para reler...nada, não me percebia. Fiquei assustado, não sabia o que me estava a acontecer... Demorei algum tempo a recobrar a minha paz e a minha tão conhecida calma para finalmente aceitar... devo ter adormecido enquanto escrevia e a minha face deve ter escrito uma trapalhada de letras e números enquanto dormia.... acontece...
O que ficou de facto foi a trapalhada que tal texto criou na minha mente. Será que o que estava para sair não estava correcto? será que as palavras que utilizei não eram as mais certas? será que? será quê?
É esse o nosso maior problema: passamos grande parte do nosso tempo a tentar dar um entendimento às coisas quando não têm nenhum e isso só faz com que tenhamos medo de sequer pensar, não vá o diabo tecê las..
A nossa mente tem uma forma própria de se expressar, nem sempre é clara, nem sempre é directa, mas sempre é nossa e entende-nos, por isso quanto mais receio tivermos, mais ela se permitirá brincar com a nossa pessoa e deixar-nos cheios de dúvidas.
O que queria transmitir e sem dúvida o principal da minha mensagem é que devem sentir com o coração e seguir os vosso instintos iniciais, o que vos vai no coração. De despender tanto tempo a pensar como e onde, ou se é mesmo isso que devem ou não fazer, só vai dificultar mais ainda a vossa escolha, a vossa tomada de posição.
Acredito e vou continuar a acreditar durante grande parte dos meus dias (e noites) que o nosso coração, morada do Amor Incondicional, não nos deixará fazer acções erradas, acções irreflectidas, isso sim será obra da nossa mente.
Quando vivemos de acordo com o nosso coração, as nossas decisões são tão leves e puras de tomar, porque tudo o que fizermos terá a marca do Amor para connosco e para com os outros.
Não se deixem dominar pela mente, pelo pensamento constante se devem ou não, se podem ou não, já basta as limitações impostas pela vida em sociedade para isso.
Amem e deixem-se ser amados e verão que tudo será mais fácil, mais puro, mais alegre... mais simples.
Um Abraço Luminoso para Todos